domingo, 28 de outubro de 2007

PASTOREIO VOISIN COM SUÍNOS: UMA NOVA ETAPA NA PECUÁRIA ECOLÓGICA

por Eng. Agr. Humberto Sório, Professor de Zootecnia da Universidade de Passo Fundo-RS.

Recebi um sem número de manifestações sobre o Santo Injustiçado, que o Manfred (editor), decerto com medo de alguma heresia, teimou em grafar com abre e fecha aspas. Heresia, digo eu, foi o que fizeram com o coitado do porco, tanto pelos preceitos religiosos, como pelos maus tratos que lhe impuseram desde o advento da dita agricultura moderna. Está na hora de libertar o porco do estigma da maldição e dos confinamentos. Quero ajudar nesse processo. Não poderia escolher melhor veículo do que o Boletim AGROECOLÓGICO, onde tudo o que diz atinge corações sensíveis e mentes abertas. Depois de ver o Pastoreio Voisin sair do ostracismo e do anonimato para a consagração, de Bagé para todo o continente americano, dos bovinos para todas as espécies de interesse zootécnico, inclusive a galinha, é uma missão estimulante essa de consolidar a suinocultura ecológica.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Os Animais na Agricultura Sustentável

Muito tem sido dito e escrito sobre a necessidade de animais nos sistemas agrícolas para torná-los mais sustentáveis, tanto do ponto de vista biológico quanto econômico. As vantagens da integração lavouras-criações têm sido exploradas, bem como as possibilidades de integração das lavouras e das criações entre si.
Nesse artigo, a integração dos animais numa agricultura sustentável será abordada sob outro prisma: o da complementaridade e/ou antagonismo com os mecanismos macro de manutenção da fertilidade do sistema, da sua operacionalidade, flexibilidade e economicidade.



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Controle Alternativo de Formigas Cortadeiras

As formigas cortadeiras são, há muito tempo, um sério problema que assola a agricultura nos mais diversos países do mundo, tanto em lavouras temporárias como permanentes, deixando grandes prejuízos e desalento aos agricultores.Tanto as formiga do gênero Atta spp., as saúvas, como do gênero Acromyrmex spp., as quen-quéns, são poderosas destruidoras das plantas cultivadas no nosso país, de norte a sul. De uma forma geral, as formigas cortadeiras não se alimentam propriamente do material vegetal cortado, e sim do micélio do fungo cultivado a partir desse material. Isto as torna “escravas” do fungo, ou seja, devem fornecer-lhe o material que melhores condições ofereça para ser decomposto. Portanto, seria mais correto dizer que é o fungo, e não as formigas, que tem preferência por esta ou aquela espécie de planta...
Embora isso seja até muito evidente, pois é possível observar que as formigas parecem selecionar aquilo que devem cortar e transportar ao formigueiro, ainda não estão claras as razões, quer fisiológicas, nutricionais ou ambientais, que determinam a opção por uma determinada planta, e não outra situada ao seu lado.
O que praticamente todos os jardineiros sabem é que as roseiras, na maioria das vezes, são as primeiras a serem atacadas, mesmo havendo outros materiais próximos e em abundância. Também os reflorestadores sabem que há uma nítida preferência por mudas novas, recém plantadas.
Há ainda uma série de teorias que correlacionam o ataque de formigas aos desequilíbrios ecológicos causados pela agricultura convencional, como se fossem uma resposta da natureza aos problemas agro-ambientais, sendo também a própria solução dos mesmos.


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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Agricultura urbana: ensaio exploratório e pequeno mosaico de experiências

Marcio Mattos de Mendonça
Denis Monteiro
Robledo Mendes


O presente artigo aborda o tema da agricultura urbana, a partir de uma breve revisão bibliográfica e de experiências desenvolvidas na zona oeste do município do Rio de Janeiro e em outros contextos socioambientais urbanos. O conceito de agricultura urbana está em construção, mas vem sendo crescentemente utilizado. São considerados dois tipos de agricultura urbana: a periurbana e a intraurbana. A agricultura praticada nos espaços urbanos guarda relação com diversas questões, como por exemplo, segurança alimentar e nutricional, meio ambiente, saúde, agrobiodiversidade e geração de renda. Alguns elementos são importantes para a promoção da agricultura nos espaços urbanos, como a inserção do tema na agenda de debates e na agenda política. O enfoque agroecológico e as abordagens participativas são considerados fundamentais nesse processo.

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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Produção Agroecológica Integrada Sustentável

Sistema Mandalla de Produção

Sistema de canteiros concêntricos é fácil de fazer e melhora a vida de pequenos produtores

Quem vê pela primeira vez acha a idéia um pouco estranha. Ao invés de uma plantação tradicional, os canteiros são circulares, formados ao redor de uma fonte d'água. A inspiração vem da mandala, símbolo cultivado desde a antigüidade que representa a relação do homem com o universo ou ainda os planetas ao redor do sol.
Idealizado pelo administrador Willy Pessoa, o sistema mandalla vem revolucionando a vida de agricultores familiares. A nova forma de cultivo faz parte da vida de mais de três mil pessoas que vivem em 50 cidades de 12 estados brasileiros.
O sistema tem até nove círculos concêntricos de dois metros de largura. No reservatório de água, o agricultor pode criar peixes e patos, cujas fezes fertilizam os canteiros. Os três primeiros círculos servem ao plantio de hortaliças. Os próximos cinco, para culturas diversas. E o último canteiro serve à proteção ambiental, podendo receber plantas nativas, medicinais ou frutíferas.
Com custo de 1.250 reais a mandalla deve ser implantada em área de 2,5 mil metros quadrados, podendo ser feita em dois dias. Não é necessário construir todos círculos de uma vez. Trabalhe o primeiro até estar todo cultivado e aí prossiga ao segundo até chegar ao último. As quantidades de materiais para a construção variam segundo o diâmetro das esferas. A primeira tem 31,4 metros de mangueira e a última, 131 metros.

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Bomba de Água Manual (FAÇA VOCÊ MESMO)

"Bomba de Água Manual" - Projeto desenvolvido pela ONG Sociedade do Sol.

A engenharia hidráulica evoluiu muito no último século, porém para algumas necessidades básicas como um simples bombeamento de água em circunstancias críticas ou sem recursos elétricos não temos uma ferramenta de fácil acesso. Sentindo a necessidade dessa ferramenta para bombeamento de água em diferentes condições e aplicações, fomos incentivados a desenvolver esse projeto. Uma bomba manual, leve, adaptável em inúmeras situações, de fácil construção e baixo custo.

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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Banco Mundial diz que biocombustível pode aumentar preço de alimento

Apesar de poder ajudar na redução das mudanças climáticas e da dependência do petróleo, o biocombustível pode também causar aumento no preço dos alimentos, no desmatamento das florestas e na disputa por terra e água. É o alerta do Banco Mundial (Bird) no Relatório sobre Desenvolvimento Mundial 2008 – Agricultura para o Desenvolvimento, divulgado pelo órgão na última sexta-feira (19), em Washington, capital dos Estados Unidos.

“A quantidade de grãos exigida para abastecer o tanque de um carro utilitário pode alimentar uma pessoa por um ano. A competição entre comida e combustível é real”, diz o documento, que fala ainda sobre a necessidade de governos e empresas investirem em pesquisas para a descoberta de matérias-primas diferentes dos alimentos básicos.
O Banco Mundial descreve o Brasil como “o maior e mais eficiente” produtor mundial de etanol (álcool combustível) a partir de cana-de-açúcar, que é de baixo custo. Mas ressalva que outros países em desenvolvimento têm poucas chances de chegar ao mesmo patamar com a tecnologia atual, de acesso restrito. De acordo com o relatório, dos cerca de 40 bilhões de litros produzidos em 2006, 42% vieram do Brasil, 46% dos Estados Unidos - que usam prioritariamente o milho - e 4% da União Européia.
O Bird avalia que as técnicas atuais têm favorecido quem produz em grande escala, mas cita cooperativas brasileiras que conseguiram incluir pequenos agricultores no processo.
O programa de biocombustíveis é um dos carros-chefe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que rebate, com freqüência, críticas em relação à possibilidade de agravamento da fome. Segundo ele, o que leva pessoas a deixar de comer, na verdade, é a falta de dinheiro para comprar alimentos. O objetivo do governo brasileiro é estimular a produção de biocombustível na agricultura familiar.

(Fonte: Carolina Pimentel / Agência Brasil) VEJA AQUI

domingo, 21 de outubro de 2007

Panelas de alumínio são prejudiciais à saúde ou não?

O trabalho da Ciência é, muitas vezes, buscar respostas para temas polêmicos, que dividem opiniões. No caso das panelas de alumínio e os supostos riscos que elas apresentariam à saúde, uma posição definitiva parece distante.
A preocupação com o uso destes utensílios propagou-se pela Internet. A tese central é que, ao cozinhar nas panelas de alumínio, doses significativas da substância seriam transferidas para os alimentos.
O famoso e-mail, cujo assunto costuma ser "Alumínio: Útil mas Mortal", enumera um verdadeiro rosário de tragédias advindas dessa transferência: “o alumínio deposita-se no cérebro, causando o mal de Alzheimer (esclerose mental precoce) e expulsa o cálcio dos ossos, produzindo a osteoporose. Esse cálcio vai se depositar em outros lugares, produzindo bursite, tártaro nos dentes, bico de papagaio, cálculos renais... E também vai para dentro das suas artérias, estimulando a pressão alta e a possibilidade de isquemias cardíacas (infarto), cerebrais (trombose) e genitais (frigidez e impotência)”.
Curiosamente, a mensagem é citada no verbete Lenda Urbana da Wikipédia: “esta lenda cita estudos fictícios da Universidade Federal do Paraná ligando o uso de panelas de alumínio a resíduos deixados no alimento. O texto também cita uma legislação italiana, que supostamente proíbe o uso de panelas de alumínio em restaurantes”.

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Novo estudo aponta intoxicação de ratos por milho transgênico da Monsanto

Um novo estudo sobre os impactos na saúde de um tipo de milho geneticamente modificado da Monsanto apontou que cobaias alimentadas com o produto apresentaram 60 diferenças em relação às cobaias alimentadas com milho convencional em seus órgãos internos.
O estudo, desenvolvido pelo instituto de pesquisa Criigen, da França, revelou alteração nos tamanhos de rins, cérebro, fígado e coração, além de mudança de peso, de ratos alimentados com milho transgênico por 90 dias, o que poderia significar sinais de intoxicação.

Governo brasileiro anuncia novos parceiros em sua aventura nuclear

O presidente Lula deu mais um indicativo claro de que pretende turbinar o Programa Nuclear Brasileiro com a assinatura, na quarta-feira, de um acordo de cooperação nuclear entre Brasil, África do Sul e Índia. O anúncio, feito durante viagem à África do Sul, não forneceu detalhes de como o acordo será feito na prática. Declarou-se apenas que será monitorado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que terá fins pacíficos.



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Pátio comestível

Manual prático de implantação de uma horta escolar

Como fazer uma horta?
Safra de algumas hortaliças
Aprendendo sobre os nutrientes encontrados nos alimentos
Higiene é fundamental no preparo das hortaliças
Como armazenar e preparar as hortaliças
Experiências práticas da horta na escola
Como aproveitar os alimentos da horta na escola e/ou em casa?


"Como educadores, de Sócrates em diante, reconheceram , a meta da educação não é o domínio de várias disciplinas, mas o domínio de si próprio. Ser responsável com você mesmo não pode ser separado de ser responsável com o planeta. Eu não sei de nenhuma fo rma melhor para transmitir esta lição do que através do currículo da escola, no qual o alimento assume o lugar no nível principal. Da horta, da cozinha e da mesa , você aprende empatia – para com os outros e por toda a criação ; você aprende compaixão; você aprende paciência e autodisciplina.Um currículo que ensina estas lições dá às crianças uma orientação para o futuro – e pode dar a elas esperança ."


Como fazer uma horta (CLIQUE AQUI)

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Resumos de Fitopatologia

Resumo do livro de fitopatologia, os assuntos abordados na disciplina estão compilados nos Textos Didáticos abaixo e disponíveis para "download" no formato PDF (Acrobat Reader).

Elaborado pelo Prof. Sami J. Michereff
Laboratório de Epidemiologia de Doenças de Plantas/ UFRPE

Conceito e história da Fitopatologia
Conceito e importância das doenças de plantas
Etiologia e classificação de patógenos
Sintomatologia de doenças de plantas
Classificação de doenças de plantas
Fungos como agentes de doenças de plantas
Bactérias como agentes de doenças de plantas
Vírus como agentes de doenças de plantas
Nematóides como agentes de doenças de plantas
Outros agentes de doenças de plantas
Variabilidade de agentes fitopatogênicos
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Epidemiologia de doenças de plantas
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Controle genético de doenças de plantas
Controle cultural de doenças de plantas
Controle biológico de doenças de plantas
Controle físico de doenças de plantas
Controle químico de doenças de plantas

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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Trabalho escravo no brasil SEC XXI

beba Budweiser com preocupação!

Para ser mais honesta com seus consumidores, a empresa Anheuser-Busch deveria avisar nos anúncios publicitários de sua cerveja Budweiser: “Esse produto é fabricado com organismos geneticamente modificados. Beba com preocupação.” Análises feitas num moinho em Arkansas, nos Estados Unidos, usado pela empresa na fabricação da Budweiser revelaram a presença de uma variedade de arroz geneticamente modificado experimental da Bayer, o LL601. Segundo os dados coletados pelo laboratório independente contratado pelo Greenpeace, o arroz transgênico apareceu em três das quatro amostras recolhidas no moinho.

“A Anheuser-Busch tem que divulgar um comunicado claro a respeito do nível de contaminação genética do arroz usado para produzir a cerveja Budweiser nos Estados Unidos e divulgar as medidas que tomará para assegurar que seu produto não atinja os mercados externos da empresa,” afirmou Doreen Stabinsky, da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Internacional.

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Justiça volta a proibir CTNBio de liberar comercialização de milho transgênico


Fracassou a tentativa da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) de burlar ordem judicial e apressar as liberações comerciais de transgênicos. A juíza federal Pepita Durski Tramontini Mazini, da Vara Ambiental de Curitiba, determinou que a Comissão suspenda novamente as deliberações sobre as liberações comerciais de milho transgênico. Segundo a decisão da juíza, as normas recém elaboradas pela Comissão não atendem ao princípio da precaução e à Lei de Biossegurança e, portanto, deverão ser revistas. Com isso, as autorizações já concedidas para os milhos Liberty Link da Bayer e MON 810 da Monsanto estão suspensas.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

O Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro de cada ano para comemorar a criação em 1945 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da população na luta contra a fome. Todos os anos, mais de 150 países celebram este evento. Nos Estados Unidos, 450 organizações voluntárias nacionais e privadas patrocinam o Dia Mundial da Alimentação e em quase todas as comunidades existem grupos locais que participam ativamente. Durante o Dia Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada ano um tema em que se focalizam todas as atividades.

Temas discutidos nos últimos anos:

2006-2007 - “O Direito à Alimentação”
2005 - "Agricultura e diálogo de culturas"
2004 - “Biodiversidade e Segurança Alimentar"
2003 - "Trabalhar juntos para criar uma Aliança Internacional contra a Fome"
2002 - “A Água, fonte da Segurança Alimentar"
2001 - "Combater a fome para reduzir a pobreza"
2000 - “Um milénio sem fome".

Uma das iniciativas relacionadas é a Campanha TeleFood, que utiliza programas de televisão e rádio, concertos, chamadas de personalidades famosas, eventos esportivos e outros acontecimentos para transmitir a mensagem de que é hora de se fazer algo para resolver o problema da fome no mundo. O objetivo do TeleFood é fomentar a conscientização e mobilizar recursos para microprojetos de segurança alimentar. As doações recebidas são utilizadas para centenas de pequenos projetos em países em desenvolvimento para ajudar os camponeses pobres a produzir mais alimentos ou gerar renda com a qual possam adquirir alimentos em quantidade e qualidade suficiente para dar de comer às suas famílias. A página web da FAO na Internet contém informações adicionais sobre os temas recentes do Dia Mundial da Alimentação e sobre o TeleFood.

DICAS IMPORTANTES

Caldas de fumo e sabão, bordalesa e sulfocálcica, emulsão de óleo, macerado de urtiga e outras receitas naturais são muito utilizadas na agricultura orgânica para combater pragas e são eficientes também no jardim.
A calda bordalesa é um fungicida eficaz e controla manchas nas folhagens; a calda de fumo é um bom inseticida e ainda ajuda a combater as lagartas; a calda sulfocálcica é indicada no combate a ácaros e ferrugem; a emulsão de óleo é usada contra cochonilhas, o macerado de urtiga espanta pulgões e o chá de angico combate as lagartas. Experimente e mantenha suas plantas livres dos venenos.


Macerado de urtiga

Ingredientes:

11 litros de água

100 g de folhas frescas de urtiga (use luvas para manusear a planta, pois ela causa irritações na pele).

Modo de fazer:

Misture as folhas de urtiga em um litro de água. Deixe a infusão agir por 3 dias, mantendo-a em um local seco e à meia-sombra. Coe e dilua o extrato em 10 litros de água. Este preparado pode ser armazenado por alguns dias (em local seco e arejado) para pulverizações preventivas nas plantas a cada 15 dias.

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Calda Bordalesa

Ingredientes:

1 saco de pano;

200g de sulfato de cobre;

200g de cal virgem e 20 litros de água.

Modo de fazer:

Com o saco de pano prepare um sachê com o sulfato de cobre. Mergulhe o sachê em 18 de litros de água por 3 ou 4 horas até que o sulfato dissolva. À parte, misture a cal em 2 litros de água e despeje na solução preparada com o sulfato dissolvido. Mexa bem.

Antes de usar a calda bordalesa, faça um teste de acidez: mergulhe uma lâmina de ferro no preparado. Se ela escurecer, não aplique ainda a calda no gramado. Acrescente um pouco mais de cal e faça o teste novamente. Caso a lâmina continue saindo manchada, adicione mais cal até que a lâmina não saia sem escurecer.

A calda bordalesa deve ser usada no máximo até o terceiro dia após o preparo. Em plantas pequenas ou em fase de brotação, não recomenda-se aplicar em concentração forte.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

I CONFERÊNCIA NACIONAL POPULAR SOBRE AGROENERGIA

Em Defesa da Soberania Alimentar e Energética
APRESENTAÇÃO:
A primeira Conferência Popular sobre Agroenergia é uma iniciativa dos movimentos campesinos, ambientalistas e de trabalhadores, com o objetivo de criar um espaço popular e independente de debate e proposição sobre os rumos das políticas nacionais de promoção da agroenergia.
A Conferência propõe-se também a analisar o contexto internacional e nacional e as forças que impulsionam a expansão do modelo agroexportador, de energia e recursos naturais, que impacta os povos em seus territórios e o ambiente do qual dependem para viver.
São esperadas 700 pessoas de todo o Brasil e da América Latina, entre dirigentes e representantes destes movimentos, formadores de opinião, formuladores de políticas públicas e atores que estão protagonizando a construção de alternativas energéticas descentralizadas e compatíveis com a construção de um modelo político de soberania popular sobre os territórios.
Análises conjunturais e criticas sobre as causas e impactos das atuais políticas para a agroenergia, somadas ao debates sobre experiências concretas e propostas políticas construídas no âmbito dos movimentos populares, capazes de promover à soberania alimentar e energética, devem colocar em cheque o atual rumo de expansão dos agrocombustíveis e apresentar outros caminhos possíveis.

DATA E LOCAL: 28 de outubro de 2007 – Centro de Convenções e Eventos de Curitiba.
29 a 31 de outubro de 2007 - Teatro da Reitoria – Universidade Federal do Paraná
Curitiba – PR.

OBJETIVOS:
- Popularizar as informações em torno da Agroenergia , abrir espaço para debates, avaliar e buscar espaços para implementar as propostas existentes;
- Realizar um balanço da atual situação, apontando as divergências e os desafios.
- Elaborar um diagnóstico, o marco inicial das articulações, nacionais e internacionais (América Latina) sobre o tema, para facilitar a crítica do modelo atual e a construção de nossa proposta;
- Diferenciar e disseminar a discussão na sociedade, apresentando propostas concretas, as alternativas encontradas, que podem ser introduzidas nas bases das organizações sociais buscando alcançar a autonomia;

PARTICPAÇÃO:
As vagas foram distribuídas entre organizações da Via Campesina, sócio-ambientalistas e movimento sindical.
A solicitação de inscrição deverá ser feita com Jakeline Pivato, preenchendo a ficha em anexo e encaminhando para o e-mail: jakeline@terradedireitos.org.br .

CONVOCAM:
Movimentos da Via Campesina ( MST, MAB, MPA, MMC, CPT , PJR, FEAB, CIMI), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rede de Integração dos Povos (REBRIP), Terra de Direitos, Núcleo Amigos da Terra/Brasil, FASE, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), Instituto Equipe de Educadores Populares (IEEP), Rede Evangélica Paranaense de Assistentes Sociais (REPAS), Cooperbio, Rede Ecossocialista, Fetraf, Feraesp, SindPetro, Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DhESCA Brasil).

GREEN GOLD - OURO VERDE

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

MAIS DO QUE CONTRA A TRANSPOSIÇÃO A CARAVANA É A FAVOR DE SOLUÇÕES VERDADEIRAS

Ruben Siqueira*

A Caravana em Defesa do Rio São Francisco e do Semi-Árido Contra a Transposição cumpriu seu objetivo de recolocar, em nível nacional, o debate sobre o desenvolvimento do semi-árido e a situação do rio, questionando se a transposição é real solução ou mais problema para a tão sofrida região nordestina e para o próprio São Francisco. A transposição é como combater a fome construindo um imenso super-mercado, dizia, didático, o pessoal da Caravana. Isso só interessa à nova "indústria da seca", que ainda constrói fortunas e mantém currais eleitorais, inclusive para eleições presidenciais. Se o povo vai ter que pagar por água tão cara, subsidiando os usos econômicos intensivos em água (fruticultura irrigada, criação de camarão, siderurgia, etc.), ele tem o direito de saber a verdade e escolher se aceita ou não o "presente de grego". Mas isso lhe está sendo negado com a veiculação de peças publicitárias, intencionalmente mentirosas.

Mais do que "contra" um projeto falacioso, a Caravana apontou para a necessidade de aprofundar a busca de soluções reais para o reconhecido déficit hídrico de algumas regiões do semi-árido. Isso fez a diferença, venceu resistências, plantou dúvidas e conquistou adesões à idéia da convivência e não de combate às condições naturais do semi-árido. As soluções existem, como pudemos comprovar nas experiências realizadas por organizações populares congregadas na ASA, que já catalogou mais de 140 tecnologias viáveis para o meio rural. O "Atlas Nordeste" da ANA - Agência Nacional de Águas revela o diagnóstico das necessidades reais do abastecimento hídrico humano nas cidades do semi-árido e indica as soluções diversificadas e descentralizadoras de recursos, a um custo de 3,6 bilhões, metade do custo da transposição até 2010 (o custo total é de 20 bilhões!). Todos se perguntaram: por que não é essa a opção?

Foram visitados os dois maiores açudes do Nordeste, Castanhão-CE (6,7 bilhões de m3) e Armando Ribeiro-RN (2,4 bilhões de m3). Impressiona a quantidade de água estocada da região mais açudada do mundo, que é o semi-árido brasileiro: são 70 mil açudes, com capacidade de 37 bilhões de m3, dos quais apenas 25% são aproveitados. E o povo passando necessidade ao redor. Tal qual acontece em muitas regiões do São Francisco. O problema é mesmo gestão democrática e eficiente e não falta d'água.

Foi além de qualquer expectativa encontrar em todos os lugares tanta reação contrária ao projeto. Uma Frente Paraibana inaugurou-se em João Pessoa, congregando dezenas de entidades, como já acontece no Ceará. A Caravana foi oportunidade para ganhar visibilidade uma crescente onda popular por uma nova prática política, cada vez mais distante dos centros institucionais do poder. E por um outro desenvolvimento, econômica, social e ambientalmente equilibrado, em que o povo organizado demanda e é sujeito de soluções reais, como acontece tão fortemente no semi-árido. Ele só não é mero "entrave ao crescimento", como disse o Presidente Lula; ao contrário, é parte essencial do verdadeiro desenvolvimento sustentável.

A Caravana conseguiu sensibilizar autoridades para exigir do governo federal a retomada do diálogo sobre o desenvolvimento do semi-árido, a necessidade ou não da transposição e alternativas a ela. Governadores de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas se comprometeram com a reabertura desta discussão, inclusive em levar a questão ao Presidente.

Diante das ilegalidades, tais como os estudos de impactos ambientais incompletos e os impactos sobre populações indígenas sem consulta ao Congresso Nacional, cresce a expectativa de que o Supremo Tribunal Federal agilize o julgamento das ações contra o projeto e, em sessão plenária, decida sobre o mérito da questão e impeça definitivamente a obra.

A Caravana foi uma especial oportunidade de conhecer o Brasil, repensar nossas referências de vida e de trabalho, de desenvolvimento, de política, de nação... Se o Brasil ainda faz sentido, será para resolver as necessidades materiais e imateriais da maioria de seu povo, com suas diversidades e potencialidades, para um desenvolvimento equilibrado, auto-sustentado e soberano. A questão do semi-árido e no rio São Francisco pode ser a ocasião para que esse desafio comece, finalmente, a ser enfrentado com seriedade.

* Sociólogo da Comissão Pastoral da Terra / Bahia, participou da Caravana.

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Postado por baixosaofrancisco no Articulação Popular do Baixo São Francisco em 10/03/2007 06:44:00 AM