segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Transposição vai enviar famílias de camponeses para periferia das cidades

Foto: Articulação São Francisco
Agricultores de Cabrobó, sertão de Pernambuco começam a deixar as propriedades para dar lugar às obras de transposição do rio São Francisco. Há três meses, a agricultora Joana dos Santos acompanha o vai-e-vem das máquinas do Exército que trabalham na obra de transposição do Velho Chico. Com o avanço da obra, daqui a alguns dias a casa onde ela mora há 24 anos será demolida. Ela e a família terão de tentar a vida em outro lugar. “A gente tem de sair porque não adianta ficar vendo a obra”, afirma.

A família do pequeno agricultor Rivaldo Novaes, que já foi indenizada, também vai aprontar as malas. O agricultor ainda não sabe onde e nem como vai recomeçar a vida. "Nós não temos outro ramo de vida. Até agora, a gente só sabe plantar cebola e arroz", diz.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, cerca de 1.900 famílias devem deixar suas casas para dar lugar às obras de transposição. De acordo com a Articulação Popular em Defesa do Rio São Francisco o número de pessoas atingidas deve chegar a 19 mil, já que, em grandes obras os órgãos costumam divulgar apenas 10% atingidas.
Nos eixos Norte e Leste, o projeto vai ocupar uma área de 30 mil hectares. Toda a área de caatinga já foi desmatada. A construção de uma das barragens segue em ritmo acelerado. De acordo com o Exercito responsável pela conclusão da primeira fase do projeto os trabalhos está dentro do cronograma e deve terminar em 2010.
Todas essas informações foram no jornal Pernambuco Globo Rural (clique aqui para assistir). No entanto, o que a matéria não fala é as milhares de famílias que serão atingidas diretamente pelas obras de Transposição do rio São Francisco, serão forçadas a migrar para regiões periféricas das grandes cidades, uma vez que, as indenizações não são suficientes para uma nova vida digna. Locais que, sem infra-estrutura para receber os novos moradores tendem a se transformar em favelas e bolsões de pobreza.
Em nota divulgada pela Articulação Popular em Defesa do Rio São Francisco e pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) as organizações alertam que “arrancar uma família de camponês da beira do rio e da roça, indenizando-a, é a mesma coisa que pegar um pé de banana e plantá-lo no asfalto. Sem terra e água, ele morre!.”
Os movimentos sociais estão mobilizados para tentar arquivar o projeto de transposição. Atualmente existem 17 ações tramitando na Justiça contra a obra. No lugar da transposição os movimentos querem a revitalização do São Francisco, projeto que seria baseado no Atlas Nordeste – projeto que prevê 530 obras pequenas e médias para abastecer com água para 34 milhões de pessoas em todo o Nordeste e Norte de Minas Gerais – e nas projeto ASA – que prevê 1 milhão de cisternas com mais de 140 tipos de tecnologias sustentáveis ecologicamente.

Com informações do jornal Globo Rural

MODIFICAÇÕES NA QUALIDADE NUTRICIONAL DA PLANTA

As modificações provocadas pelo uso de adubos químicos e agrotóxicos podem causar desequilíbrios na qualidade nutricional dos alimentos e sobre a saúde humana. Por isso, as plantas tratadas com agrotóxico tornam-se desequilibradas, diminuindo a produção de proteínas ou aumentando a degradação dessas substâncias. Como funciona esse processo? Por que a praga e o fungo respeitam uma planta sadia? Qual a relação entre equilíbrio metabólico da planta e resistência ao ataque de pragas e doenças? Uma planta desequilibrada pode influenciar na saúde humana ?


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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Agroecologia faz de assentamento modelo de sustentabilidade

Texto e Fotos por Mauricio Monteiro Filho

No meio da paisagem monótona do epicentro canavieiro do Brasil - a região de Ribeirão Preto, Nordeste do estado de São Paulo -, o assentamento Sepé Tiarajú, localizado no município de Serra Azul (SP), lembra um oásis de diversidade. Cravado entre lavouras de cana-de-açúcar, o terreno, que é o primeiro Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) paulista, está se tornando um modelo viável de produção alternativa à monocultura e um exemplo de reforma agrária bem-sucedida. Isso se tornou possível graças à opção do PDS pelo uso dos sistemas agroflorestais (SAFs).
Agnaldo cobriu seu viveiro para
proteger as mudas do sol fort

Os SAFs são formas de cultivo que associam árvores com espécies frutíferas e lavouras anuais, com ou sem a presença de animais. Na prática, permitem um ganho de diversidade em relação à monocultura, uma vez que mesmo lotes menores passam a gerar vários tipos de produtos e se tornam fontes de renda sustentáveis para pequenos e médios lavradores. Outra vantagem é que os SAFs não exigem o uso de insumos químicos e nem desmatamento, já que podem aproveitar a cobertura vegetal já existente.

Agnaldo Vicente de Lima, presidente da Associação Agroecológica Sepé Tiarajú (Agrosepé), que representa os assentados, é o produtor que há mais tempo implantou o SAF em seu lote. "Essa é uma bagunça que dá vida à terra", diz ele, referindo-se à aparente desordem de sua lavoura. Na área sob cuidados de
Agnaldo, há exemplares nativos dos mais diversos ecossistemas brasileiros: Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica... E a lista das espécies que ele mesmo plantou a partir de mudas doadas, ou produzidas por ele mesmo no viveiro que mantém em seu lote, é infinitamente maior: açaí, manga, acerola, caju, coco-anão, flamboyant, milho, mandioca, abóbora...
Entre essas, há preciosidades que Agnaldo destaca com orgulho. "Tenho até jaracatiá, uma árvore que está quase extinta na Mata Atlântica", conta. A boa adaptação de todas essas espécies a suas terras, mesmo com a seca e o sol forte que castigaram sua plantação durante este ano, deixa Agnaldo otimista: "Agora, quero plantar araucárias".


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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Orgânico X Agroecológico, você sabe a diferença?

Por: M. humberto - Estudante de Agronomia UFAL/

Por estarem intimamente ligados a questão do natural acabamos por confundir essas nomenclaturas. A mídia trata de colaborar com isso muito bem. Na verdade existe uma grande diferença entre alimento orgânico e alimento Agroecológico.
A agroecológia é a junção harmônica de conceitos das ciências naturais com conceitos das ciências sociais. Tal junção permite nosso entendimento acerca da Agroecologia como ciência dedicada ao estudo das relações produtivas entre homem-natureza, visando sempre a sustentabilidade ecológica, econômica, social, cultural, política e ética. Basicamente, a proposta agroecológica para sistemas de produção agropecuária faz direta contraposição ao agronegócio, por condenar a produção centrada na monocultura, na dependência de insumos químicos e na alta mecanização, além da concentração de terras produtivas, a exploração do trabalhador rural e o consumo não local da respectiva produção. Ou seja, as práticas agroecológicas podem ser vistas como práticas de resistência da agricultura familiar, ao processo de exclusão do meio rural e homogeneização das paisagens de cultivo. As práticas agroecológicas se baseiam na pequena propriedade, na mão de obra familiar, em sistemas produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais e em redes regionais de produção e distribuição de alimentos.
Portanto, não se pode pensar em Agroecologia como “ciência neutra”, já que há em suas pesquisas e aplicações claro posicionamento político.
Ela se coloca como ciência comprometida e a serviço das demandas populares, em busca de um desenvolvimento que traga soluções sustentáveis para os diversos problemas hoje enfrentados na cidade e no campo.
Já o orgânico pode ser agroecológico ou não! Os produtos orgânicos não fazem uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados. A filosofia dos alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, extendendo-se também à pecuária (em que o gado deve ser criado sem remédios ou hormônios), e também ao processamento de todos os seus produtos:
alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais. Pode-se quase resumir toda sua essência filosófica num desprezo absoluto por tudo que tenha origem na industria química. Todas as demais industrias: mecânica, energética, logística, são admissíveis desde não muito salientes.
Produtos orgânicos costumam ser significativamente mais caros que os tradicionais, tanto por causa do maior custo de produção, quanto pelo seu marketing (que explora uma imagem de "apelo ecológico").
Além disso esses produtos por serem orgânicos, não os livra de serem produzidos nos moldes da agricultura convêncional ou da monocultura, eles apenas não usam da quimica como principal meio de combate pragas e fazendo uso dessa propaganda,"livre de agrotoxicos", juntamente com a midia do "selo verde" que é uma certificação que impede o pequeno produtor de comercializar
seu produto como orgânico, que o mesmo alcança preços absurdos e atigem a um determinado tipo de consumidor, o de alto poder aquisitivo.


Fontes: www.guiabioagri.com
www.amaranthus.esalq.usp.br

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AGROECOLOGIA

Por: João Antonio Firmato de Almeida

Os agroecossistemas abrangem comunidades de plantas e animais, bem como seus ambientes físicos e químicos, que foram modificados pelos humanos para produzir comida, fibras, combustíveis e outros produtos para seu consumo e para processamento. A agroecologia é o estudo holístico dos agroecossistemas, abrangendo todos os elementos humanos e ambientais. Enfoca a forma, a dinâmica e as funções do conjunto de inter-relações e de processos nos quais esses elementos estão envolvidos. Uma área usada para a produção agrícola, um campo plantado, por exemplo, são vistos como sistemas complexos nos quais também ocorrem processos ecológicos encontrados sob condições naturais tais como: reciclagem de nutrientes, interações predador/presa, competição, simbiose, neutralismo, comensalismo, protocooperação, amensalismo ou antagonismo e mudanças relacionadas a sucessão ecológica.


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terça-feira, 13 de novembro de 2007

SAF'S

O termo "agrofloresta" foi criado para designar um uso especial da terra que envolve o manejo intencional de árvores. Através da introdução e mistura de árvores ou arbustos nos campos de produção agrícola ou pecuária, obtem-se benefícios a partir das interações ecológicas e econômicas que acontecem nesse processo. Existem muitas variações nas práticas que caem na categoria de agrofloresta: na agrossilvicultura, as árvores são combinadas com culturas agrícolas; em sistemas silvopastoris, elas são combinadas com produção animal e em sistemas agrossilvopastoris o produtor maneja uma mescla de árvores, culturas e animais. Cabe ressaltar que a incorporação de árvores em sistemas de produção de alimentos é uma prática com longa história. Isto é especialmente verdadeiro em regiões tropicais e subtropicais do planeta, nas quais os produtores manejam árvores e animais juntamente com a atividade agrícola, a fim de satisfazerem suas necessidades básicas de alimento, madeira, lenha, forragem e para ajudar na conservação dos recursos naturais disponíveis na propriedade (solo, água, biodiversidade, entre outros). O ponto em comum entre a Agroecologia e os sistemas agroflorestais reside no objetivo: ambos pretendem otimizar os efeitos benéficos das interações que ocorrem entre as árvores, os cultivos agrícolas e animais, obter a maior diversidade de produtos, diminuir a necessidade de insumos externos e reduzir os impactos ambientais negativos da agricultura convencional. Esta afinidade de objetivos possibilita que os sistemas agroflorestais inseridos num contexto agroecológico de produção contribuam significativamente para o desenvolvimento equilibrado, integrado e duradouro tanto da paisagem natural quanto das comunidades humanas que nela habitam.

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sábado, 10 de novembro de 2007

Produção de sabão a partir da reciclagem o óleo comestível

O óleo usado nas frituras de alimentos, é jogado nas pias, ralos e solo. Provocando problemas ambientais do tipo:

- contribuição para o aquecimento global atraves da emissao de metano;
- enchentes pela impermeabilização do solo;
- barreiras na superficies dos rio, dificultando a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo a base da cadeia alimentar aquática, os fitoplânctons;
- contamição do meio ambiente com morte dos peixes;
- mal funcionamento das estações de tratamento de esgoto e por ae vai!

Então o reaproveitamento do óleo de cozinha para uma melhor qualidade de vida para a sociedade e sem falar na geração de renda.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

IDENTIFICAÇÃO DE NIVEIS DE COMPACTIBILIDADE DO SOLO ATRAVES DE PLANTAS INDICADORAS

Muitas informações importantes para os estudos de manejo de solos podem ser adquiridas de maneira indireta. Sendo o solo o suporte principal das plantas, são elas que refletem as reais condições sisicas e quimicas do solos, tais como a disponibilidade de água, os niveis de compactação, a disponibilidade de nutrentes etc. Em solos compactados, para que se possa viabilizar a produção agrícola, faz-se necessario adotar tecnicas quem permitam a quebra das camadas de impedimento, propiciando assim condições para o desenvolvimento das plantas. No entanto, em alguns casos, os trabalhos de subsolagem podem ser feitos pelas próprias plantas, sendo essa capacidade limitada para cada espécie de planta.


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