Texto e Fotos por Mauricio Monteiro Filho
Agnaldo cobriu seu viveiro para proteger as mudas do sol fort |
Os SAFs são formas de cultivo que associam árvores com espécies frutíferas e lavouras anuais, com ou sem a presença de animais. Na prática, permitem um ganho de diversidade em relação à monocultura, uma vez que mesmo lotes menores passam a gerar vários tipos de produtos e se tornam fontes de renda sustentáveis para pequenos e médios lavradores. Outra vantagem é que os SAFs não exigem o uso de insumos químicos e nem desmatamento, já que podem aproveitar a cobertura vegetal já existente.
Agnaldo Vicente de Lima, presidente da Associação Agroecológica Sepé Tiarajú (Agrosepé), que representa os assentados, é o produtor que há mais tempo implantou o SAF em seu lote. "Essa é uma bagunça que dá vida à terra", diz ele, referindo-se à aparente desordem de sua lavoura. Na área sob cuidados de
Agnaldo, há exemplares nativos dos mais diversos ecossistemas brasileiros: Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica... E a lista das espécies que ele mesmo plantou a partir de mudas doadas, ou produzidas por ele mesmo no viveiro que mantém em seu lote, é infinitamente maior: açaí, manga, acerola, caju, coco-anão, flamboyant, milho, mandioca, abóbora...
Entre essas, há preciosidades que Agnaldo destaca com orgulho. "Tenho até jaracatiá, uma árvore que está quase extinta na Mata Atlântica", conta. A boa adaptação de todas essas espécies a suas terras, mesmo com a seca e o sol forte que castigaram sua plantação durante este ano, deixa Agnaldo otimista: "Agora, quero plantar araucárias".
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